domingo, 7 de dezembro de 2008

pastoral

O último hino

Tendo cantado um hino, saíram para o Monte das Oliveiras. (Mc 14.26.)

Foi por ocasião da invasão japonesa na China. Em certa região, dedicado pastor evangélico cumpria seu ministério. Nas circunstâncias, os inimigos do cristianismo apelavam para os mais indignos meios no propósito de abafar a propagação da fé e dos ensinamentos do Senhor Jesus. Visando à eliminação da profícua atividade do dedicado pastor, alguém, escondendo-se atrás do covarde anonimato, o acusou de manter contato com o inimigo e de manter discreto serviço de espionagem.
Interpelado pelo oficial japonês que comandava a área, o pastor se defendeu, negando a acusação — jamais espionara, jamais fizera qualquer contato com os inimigos.
O oficial, com aspereza na voz e muita suspeita no coração, gritou: “Se você não é criminoso, como ousaria alguém acusá-lo? Por certo você fez algo e, por isso, deve morrer. Vou matá-lo.” “Não estou com medo de morrer, embora seja inocente” — respondeu o pastor —, “mas, senhor oficial, conceda-me alguns momentos para orar e cantar os louvores do meu Deus.”
“Certo, pode orar.” O pastor ajoelhou-se e, levantando a cabeça, rosto voltado para o céu, começou a cantar seu hino favorito. Derramou sua alma na primeira e na segunda estrofes, crendo ser aquela a última vez, na terra, em que teria oportunidade de cantar o louvor de Deus. O hino era longo, mas ele o cantou inteirinho, todas as estrofes, até o fim. Seu rosto irradiava o amor de Cristo, que enchia seu coração. Quando acabou de cantar, curvou a cabeça em silenciosa submissão. Ouviu, então, a voz do oficial japonês, que, profundamente emocionado, lhe falou: “Eu conheço esse hino. Nós o cantamos lá no Japão, também. Ninguém pode cantar esse hino do modo como você cantou e ser meu inimigo. Eu também sou cristão.”
Cada Dia

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