sábado, 22 de novembro de 2008

pastoral

A implicância protestante contra a cruz

O símbolo do cristianismo, lembra John Stott, poderia ser a “manjedoura” (para simbolizar a encarnação de Jesus), a “carpintaria” (para dignificar o trabalho manual de Jesus) ou a “toalha” (para lembrar o lava-pés de Jesus). Mas todos foram ignorados em favor da cruz, o que é totalmente extraordinário, porque, na cultura greco-romana vigente, a cruz era objeto de vergonha. Para Stott, “a cruz é um diamante multifacetado”. E para J. Julius Scott, professor de Bíblia e teologia no Wheaton College, nos Estados Unidos, a cruz “é a demonstração suprema do amor que Deus tem pelo homem pecador”.
Apesar de tudo isso, algumas igrejas protestantes brasileiras evitam colocar a cruz na fachada e no interior de seus templos. Há duas explicações históricas para esse estranho comportamento. A completa liberdade de culto só aconteceu com a Proclamação da República, em 1889. Até então, os templos não católicos no Brasil, por força de lei, não podiam ostentar exteriormente símbolos cristãos, como cruz e sinos. Esses privilégios eram exclusivos da Igreja Católica dominante. No imaginário protestante, a cruz era coisa católica e não deveria ser usada por eles. A outra razão, o que agravou ainda mais o problema, era a presença do Crucificado na cruz e a adoração de um Cristo morto.
Elben M. Lenz César

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